sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

MITOS E VERDADES

Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda.
Mito.
Na maioria dos casos, o ganho de peso ocorre quando o paciente não assume hábitos saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a prática de exercícios físicos regulares.

Perde-se mais peso nos primeiros seis meses.
Verdade.
A perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses. Daí a importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas nessa primeira etapa do pós-operatório.

A mulher pode engravidar no pós-operatório.
Verdade.
A paciente é liberada para engravidar sem riscos após 15 meses de pós-operatório. Durante esse período, recomenda-se a anticoncepção. No entanto, os anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados.

Sempre é possível fazer a cirurgia videolaparoscópica.
Verdade.
Somente em situações especiais não é possível realizar esse tipo de cirurgia. É o caso, por exemplo, de pessoas submetidas a cirurgias abdominais prévias.
Fonte: SBCBM

A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia.
Mito.
Não existe uma tendência. Se o paciente ficar deprimido, isso pode ocorrer devido a fatores desconhecidos, que devem ser investigados por psicólogo ou psiquiatra.

Há tendência à anemia no pós-operatório.
Verdade.
De fato isso ocorre. Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à anemia, por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos vitamínicos.

Depois da operação, é comum a intolerância a leite.
Mito.
Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Esses alimentos são, inclusive, recomendados, sobretudo para as mulheres, como fontes de cálcio.

O apoio da família e à família é indispensável. 
Verdade.
Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente, oferecendo o máximo de informações solicitadas e, quando necessário, também consulta psicológica. Os novos hábitos a serem adotados pelo paciente devem ser compartilhados e estimulados por todos que convivem com ele.

A cirurgia causa problemas renais. 
Mito.
Não foi observada tendência a problemas renais.

O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório.
Mito.
Normalmente, as dores se manifestam somente no primeiro dia do pós-operatório. Isso acontece porque o abdômen precisa ser inflado com gás carbônico na cirurgia por videolaparoscopia, para possibilitar a melhor manipulação dos órgãos internos.

O paciente que sofre de gastrite pode ser operado.
Verdade.
Não há restrição cirúrgica para paciente com gastrite.

Depois da cirurgia bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica corretiva. 
Mito.
Nem sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento bariátrico. Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento.

Durante a videolaparoscopia, há situações em que é preciso converter a cirurgia em procedimento aberto. 
Verdade.
Algumas situações exigem que o cirurgião converta a videolaparoscopia em procedimento aberto. Essa decisão é baseada em critérios de segurança e só pode ser tomada durante o ato operatório.

Fonte: SBCBM



CFM Acaba de reconhecer a cirurgia bariátrica como especialidade

CIRURGIA BARIÁTRICA É RECONHECIDA PELO CFM COMO ÁREA DE ATUAÇÃO

Conforme a Resolução n° 2.116/2015 a especialidade passa a ser vinculada à área de cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia geral

CFM – Conselho Federal de Medicina acaba de reconhecer a cirurgia bariátrica como área de atuação. De acordo com a Resolução n° 2.116/2015 (clique aqui para ver a resolução completa) a especialidade passa a ser vinculada à área de cirurgia do aparelho digestivo e cirurgia geral.Antes, a atuação do cirurgião bariátrico, apesar de orientada e fiscalizada pela SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, não possuía a chancela do órgão para que profissionais da saúde se formassem como cirurgiões bariátricos.

“Há algum tempo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica está empenhada em conquistar esse reconhecimento, que vem coroar o trabalho realizado neste sentido. Todos os envolvidos das diretorias anteriores, além de outras entidades que foram fundamentais para esta conquista, direta ou indiretamente, estão de parabéns”, comemora o Dr. Josemberg Campos, Presidente da SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

LOGO CFM

A AMB – Associação Médica Brasileira e a CNRM – Comissão Nacional de Residência Médica, que poderá credenciar programas específicos de formação para a área, estão habilitadas a emitir documentos para que os profissionais possam solicitar seus registros de atuação junto ao CRM – Conselho Regional de Medicina.

Para os casos de residência médica a previsão é que tenha a duração de dois anos. Porém, antes de fazer a residência, o médico já deve possuir a especialidade em cirurgia geral ou em cirurgia do aparelho digestivo.

A residência médica permitirá intensificar ações na formação e educação continuada dos cirurgiões que atuam na área. Além disso, será possível oferecer novas possibilidades para regulamentar a atividade e prezar pela segurança e saúde das pessoas submetidas à cirurgia da obesidade, trazendo grandes benefícios tanto aos pacientes quanto aos cirurgiões envolvidos em programas de cirurgia bariátrica”, ressalta Dr. Josemberg.

Cirurgia Bariátrica no Brasil
A SBCBM segue as diretrizes que foram estabelecidas em reunião conjunta com Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina, que gerou a Resolução CFM n° 1766, de 13 de maio de 2005, atualizada posteriormente para resolução CFM n° 1942, de 12 de fevereiro de 2010. Nela estão definidas as indicações para a cirurgia bariátrica, como deve ser montada a equipe multidisciplinar que fará o acompanhamento de cada paciente, os tipos de cirurgias autorizadas no Brasil, além de outras diretrizes legais.

De acordo com as orientações da resolução a cirurgia é liberada apenas para pacientes com IMC igual ou maior que 40 e pode ser realizada em casos de IMC entre 35 e 40, desde que o paciente tenha comorbidades como, por exemplo, o diabetes. O IMC é calculado a partir da divisão do peso pela altura ao quadrado.

A cirurgia bariátrica vem crescendo expressivamente no Brasil, que é o segundo país com mais cirurgias realizadas. Em 2014 foram realizados cerca de 88 mil procedimentos. Do número total de cirurgias feitas no Brasil estima-se que 10% são feitas pelo SUS.

Sobre a SBCBM
A SBCBM – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica foi fundada em 1996. Inicialmente batizada como SBCB – Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, em 2006 a entidade inseriu a palavra “Metabólica” em seu nome, devido à crescente importância da cirurgia metabólica na comunidade médica.

Possui atualmente cerca de 1400 sócios entre cirurgiões e especialidades associadas (endocrinologista, cardiologista, educadores físicos, cirurgiões plásticos, fisioterapia, enfermagem, odontologia, fonoaudiologia, nutricionista e nutrólogo e psiquiatra e psicólogo) com representantes no país por meio de capítulos ou delegacias.
Mais informações para imprensa:
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